A ACIDEZ DO HUMOR COMO ARMA POLÍTICA
É uma imensa satisfação poder contar com as charges geniais de Miguel Sponholz. Ele mantém o espírito de uma tradição que quase se apaga nestes tempos politicamente corretos, e de extremo oficialismo, por parte da imprensa.
Centenas de jornais, jornalistas e chargistas, pelo Brasil afora, transformaram o dever da dúvida constante e da crítica em louvor aos poderosos, para encherem os cofres com a publicidade oficial.
Quem leu o livro "O Nome da Rosa" (ou viu o filme de mesmo nome) de autoria do italiano Umberto Eco sabe como o humor ácido incomoda os poderosos.
Não à toa o monge chefe da biblioteca do mosteiro medieval (no livro) queria impedir o acesso dos leitores ao que seria o livro perdido de Aristóteles, o livro sobre o Riso. As pessoas não deveriam aprender a rir. seria perigoso demais.
Robert Darnton, jornalista e historiador publicou há tempos um livro genial, "Best Sellers Proibidos", sobre qual o papel dos textos satíricos na época pouco anterior à Revolução Francesa. A acidez do humor das histórias de sacristias e das alcovas dos palácios ajudou a demolir a imagem dos poderosos que esmagavam o povo.
A primeira imagem que me veio à cabeça quando ouvi Nicolás Maduro falar na estapafúrdia ideia de uma urna de cristal para manter um Chávez mumificado foi exatamente a de outros líderes populistas de nossa América, cada um procurando morrer e virar Múmia.
De Chávez em diante haverá um novo mercado: para fazedores de urnas e mausoléus, pagos regiamente pelos poderosos que agirão como os farõs do Egito: começarão a construir suas tumbas e seus caixões transparentes ainda em vida.
Realmente admito que Hugo Chávez revolucionou alguma coisa. Desenhadores de tumbas e urnas de cristal serão disputados a tapa. Cada um fará uma urna maior e mais exótica que a de seus pares.
Imaginem uma múmia eterna de La Loca de La Casa Rosada Kirchner, preservada com silicone e botox, e aquele sorriso Facebook. Sua urna será de cristal Swarovski especial e suavemente rosáceo. Os esquerdistas podem ser tão ricos e extravagantes como qualquer reacionário rico e extravagante.
Mas os esquerdistas ricos levam uma imensa vantagem, pois gastam o dinheiro dos outros.
Mas os esquerdistas ricos levam uma imensa vantagem, pois gastam o dinheiro dos outros.
Imaginem um Morales múmia. Jamais será transformado em pó... como os jovens viciados no subproduto daquelas folhas das quais ele é um agente propagador.
A urna de cristal, em formato de uma garrafona de cachaça, foi o que primeiro me veio à cabeça para o nosso boquirroto de plantão.
Ele também, como Chávez, a agora Bela Adormecida da Esquerdalha, não pode sumir de vista.
Estamos condenados à sua eterna presença.
Estamos condenados à sua eterna presença.
Que sina!
Gutenberg J.
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