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quarta-feira, 11 de julho de 2012

NÃO CHORES PELA VENEZUELA, É O BRASIL QUE ESTÁ DOENTE E ANESTESIADO. (OLAVO DE CARVALHO).

BAÚ DE TEXTOS

Relendo arquivos de textos importantes, deparei-me com este do professor Olavo de Carvalho, de junho de 2007. Cinco anos. 

Suas palavras expressam a mais absoluta verdade a respeito do Brasil e da Venezuela. Nós seguimos com os ditos movimentos sociais, trabalhistas e estudantis atrelados ao poder, agarrados às tetas oficiais, na mais completa subserviência; sem qualquer sinal de uma oposição vigorosa e combativa, que ponha os pingos nos is e chame as coisas pelo nome que têm. 

Vemos leis serem desrespeitadas sem medo, a luta entre os poderes, a ausência de força moral de instituições que, antes, nos tempos da ditadura, ainda protestavam contra abusos. Temos um país entregue à corrupção mais desbragada, como num campeonato em que, a cada dia, surge um escândalo pior que o anterior. Como construir um país sério e sólido sobre uma base de lama?

Hugo Chávez driblou de todas as formas as leis venezuelanas e a constituição, tornando-se um ditador, mas a população não esmorece. Ele silencia a imprensa pelo medo e pelas prisões arbitrárias, persegue juízes, mas os venezuelanos parecem não desistir tão fácil. A economia está em frangalhos, mas a oposição cresce neste ano eleitoral em que o governo faz de tudo para tumultuar o processo.

Recentemente vimos dezenas de milhares de pessoas nas ruas, por Capriles, contra Chávez, e pela Venezuela. Sem temor. Há possibilidade de que a oposição vença as eleições. Apesar do jogo bruto desenvolvido pelo governo bolivariano. 


Só resta concordar com o professor Olavo de Carvalho: a Venezuela vive, o Brasil agoniza.

Gutenberg J. 






CENTENAS DE MILHARES NAS RUAS DE CARACAS, PELA DEMOCRACIA.
MANIFESTAÇÃO PELA CANDIDATURA DE HENRIQUE CAPRILES,
EM JUNHO DE 2012

A Venezuela vive. E o Brasil agoniza


Olavo de Carvalho


Não sei por que as pessoas se preocupam tanto com a Venezuela. A situação no Brasil é incomparavelmente pior. Vejam a força do protesto estudantil nas ruas de Caracas e perguntem se algo de parecido é possível no Brasil, onde o PT e as demais organizações de esquerda têm o monopólio total das manifestações de rua há pelo menos três décadas. Ouçam o discurso vibrantemente anticomunista de um Alejandro Peña Esclusa e me digam se alguém, na “direita” brasileira, tem garra para desobedecer a censura ideológica que estigmatiza como “retorno à guerra fria” toda tentativa de denunciar a guerra quente, o retorno sangrento da revolução comunista ao continente latino-americano. Vejam a organização, a disciplina solidária do empresariado venezuelano na defesa da liberdade, e comparem com o nosso panorama de subserviência geral, canina, abjeta.

A Venezuela dolorida está viva. O Brasil anestesiado está moribundo.

Chávez representa o aspecto mais superficial, vistoso e grotesco da revolução continental. O cálculo astucioso, preciso, de longo prazo, é a parte da esquerda brasileira, que criou o Foro de São Paulo e maneja com habilidade extraordinária a orquestração do conjunto.

Hugo Chávez está prestando à direita um serviço tão valioso quanto George W. Bush presta à esquerda. O primeiro põe à mostra a verdadeira natureza da revolução continental, o segundo ajuda o Foro de São Paulo a camuflar sua estratégia geral sob a hipocrisia sorridente de Luís Inácio Lula da Silva.

O único resultado da política de Bush na América Latina será tornar o esquerdismo maquiavélico do PT mais palatável em comparação com o espantalho chavista. Quando a esquerda perder a Venezuela, terá ganho o continente inteiro, sob os aplausos de Washington. Chávez é o mais gordo e persuasivo boi de piranha que a esquerda mundial já ofereceu a seus crédulos adversários.

Diário do Comércio, 04 de junho 2007
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE DO PROF. OLAVO DE CARVALHO.



2 comentários:

  1. Anos há decidi comprar uma cachorrinha poodle de 45 dias. Levei para casa e todos me davam conselhos sobre como ensinar ela a fazer xixi e cocó sempre no mesmo lugar. Escutei um monte de teorias, desde dar no focinho dela quando fizesse xixi em qualquer lugar com um jornal dobrado até mostrar para ela onde estava o lugar onde deveria fazer as necessidades dela. Mas eu, parti para o seguinte: levantei um domingo disposto a resolver a questão e, cada vez que ela mostrava que iria fazer algo, corria com ela e a colocava sobre um jornal que tinha disposto em um lugar que não incomodasse. Quando ela começava a fazer xixi, eu lhe dava algo doce, algo bom e elogiava acariciando seu pelo. Assim segui o dia inteiro. A partir daquele domingo, todos se maravilharam e me perguntavam como ela, com apenas um (1) dia de treinamento, nunca mais esqueceu e, até durante a noite, ela se levantava e quase sem abrir os olhos, ia aonde estava aquele jornal. Um dia, uma das minhas cunhadas, que era petista, me perguntou, meio que incomodada, porque ela comprou uma cadela e, por mais castigos que lhe dava, a outra sempre fazia tudo em qualquer lugar! Eu disse para minha cunha que me inspirei no PT. Ela, surpresa, me perguntou como era isso. "Simples", respondi, quando eles querem domesticar alguém, usam um tal de "bolsa família", "minha casa minha vida" e assim por diante, tem muitíssimos programas sociais que criaram com nosso dinheiro e domesticaram ao povo tão bem, que esses programas nunca irão terminar. Com o tempo, e via outras reflexões mais, a minha cunhada abandonou o PT. Eu disse para a cunhada: "tem que agradar às pessoas, acaricia-las e dar-lhes algo, é fácil". Esta história é 100% real. A cadelinha morreu tragicamente por um erro da veterinária.

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    1. É uma excelente história. Mostra bem como as coisas funcionam.

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