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quarta-feira, 25 de abril de 2012

STAND UP FOR PEACE, ASMA! Ou, quando a violência chega ao nosso quintal e muda de significado. A esposa de Al-Assad condenou a morte de palestinos por Israel, mas silencia diante do massacre provocado pelo regime do seu marido na Síria.

Reprodução de página de Época
Asma al-Assad, chamada de  Rosa do Deserto,  é uma bela mulher de 36 anos. 

Culta, moderna e, aparentemente independente, Asma ganhou dezenas de capas de revistas importantes pelo mundo afora. 

Bela e glamourosa Asma costuma aparecer usando as marcas mais famosas e caras de roupas e acessórios.

Este blog comentou, mais de uma vez, muito antes do início da chamada Primavera Árabe, em dezembro de 2010, que as esposas bonitas, cultas e modernas dos tiranos árabes eram utilizadas como vitrines para esconder o fato de que seus maridos eram chefes de regimes opressores.

E a imprensa mundial, a cada dia mais infantilizada e sem senso crítico, atrelada às visões de esquerda, incensou Asma em cada visita que ela fez a um país ocidental. 

No caso da Síria, após o início dos protestos e rebeliões, a imprensa sempre fala em dureza do regime de Assad, mas nunca diz que o partido que o sustenta é o Partido Baath, nacional-socialista de raiz, que se auto-define socialista e teve, até, convênio para troca de experiências, com o PT, há alguns anos.  

Asma al-Assad é tratada como se fosse uma princesa da Mil e Uma Noites, não a esposa de um governante que aprendeu tudo sobre repressão com seu pai, o tirano morto Hafez Assad, o fundador da ditadura socialista síria.

CONTENHA SEU MARIDO!

Agora, após um ano de repressão violenta aos protestos (de fato creio que a Síria agora vive um tipo de guerra-civil) esposas dos embaixadores do Reino Unido e da Alemanha na ONU lançaram há uma semana um vídeo pela Internet em que pedem à primeira-dama da Síria para que "contenha o seu marido", uma vez que a ONU contabiliza perto de dez mil mortos!

O vídeo contrapõe o estilo luxuoso de Asma al Assad, de 36 anos, mãe de três filhos, a imagens de crianças sírias mortas e feridas. "Levante-se pela paz, Asma. Fale agora. Pelo bem do seu povo. Pare o seu marido". "Pare de ser uma espectadora. Ninguém liga para a sua imagem. Ligamos para a sua ação."

No texto pede-se que os espectadores assinem petição no site http://www.change.org exigindo que a primeira-dama síria (que nasceu em Londres), interfira de modo a "parar o derramamento de sangue". 

O vídeo (abaixo) foi produzido por Sheila Lyall Grant, embaixatriz britânica na ONU, e Huberta von Voss-Wittig, a embaixatriz alemã. As duas destacam:  "Acreditamos fortemente na responsabilidade de Asma como mulher, como esposa e como mãe. Como a articulada líder feminina árabe que ela costumava ser, como defensora da igualdade feminina, ela não pode se esconder atrás do marido".

SEM COMPRAS

A União Europeia proibiu Asma al Assad de viajar para os países do bloco ou de fazer compras com companhias europeias. "Algumas mulheres se interessam por estilo, e algumas mulheres se interessam em cuidar da sua gente. Algumas mulheres lutam por sua imagem, e algumas mulheres lutam por sua sobrevivência", diz o vídeo.

A ONU estima que as forças de Assad já tenham matado mais de 9 mil pessoas na rebelião. As autoridades sírias alegam, em contrapartida, que "grupos terroristas armados", com patrocínio do exterior, já mataram mais de 2,6 mil soldados e policiais. É claro, para quem acompanha o conflito desde o início, que há mais que repressão a civis desarmados acontecendo na Síria hoje. de fato, derrubar Assad interessa a muita gente, além de democratas. Islâmicos radicais estão de olho no poder, assim como o fizeram no Egito, na Líbia e outros países que passaram por movimentos dessa tipo.

Casada há 11 anos com o ditador Bashar al-Assad, mãe de seus três filhos, diante das atrocidades do regime ela mantinha silêncio. Em fevereiro ela tomou posição pública e emitiu nota dizendo apoiar Assad como “presidente da Síria, e não de uma facção de sírios”. 

Curiosamente uma das cidades com o maior número de mortos é Homs, a segunda cidade síria,com mais de 1,2 milhão de habitantes, e berço da família de Asma.

Ela casou-se com Assad em 2000 e manteve seu visual ocidental, mesmo sendo muçulmana. Ela não usa o véu islâmico (hijab). Formou-se em engenharia da computação e literatura francesa no King’s College, de Londres.




FONTES:
WIKIPEDIA E NOTÍCIAS NA INTERNET


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