LIBERDADE, CAPACETES E O ESTADO OPRESSOR QUE NOS TRATA COMO IDIOTAS. Ou, porque as autoridades não se preocupam em apenas usar bem os nossos impostos?

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O leitor já se perguntou o porquê dos motociclistas terem que utilizar um capacete na cabeça como uma imposição do Estado?

O que, diabos, o Estado tem que meter-se com a cabeça dos outros?

Se você me responder que é por causa do perigo evidente, ou que é para economizar verbas nos hospitais públicos, vou ficar bem chateado com você. Amanhã você terá que comer cenouras raladas porque alguém isso muito importante para a sua saúde.

Você não acredita que deveríamos ficar livres para usarmos o bom seno e as informações de que dispomos? Por que sempre aparece uma babá pública querendo nos enfiar goela abaixo aquilo que algum geniozinho acha que devemos tolerar porque é bom para nós? 

Sendo assim, você não poderá ficar surpreso se, em breve, uma autoridade do Estado lhe aplicar uma multa por estar andando na chuva sem capa de plástico, para evitar uma pneumonia; ou uma outra multa porque o seu sapato não tem um certo tipo de sola antiderrapante. Se você cair na calçada e quebrar uma perna, ou a cabeça, também poderá criar despesas públicas. Você já não paga impostos demais?

Você não concorda comigo? Caso não, ótimo, é um direito seu, mas não diga que não chamei a sua atenção para tais maluquices. As coisas vão acontecendo num certo ritmo, num certo tempo, cercadas de explicações científicas ou econômicas, e os autores de projetos que parecem não passar de bizarrices, mas não são, de modo algum, vão nos levando no bico.

Por que, afinal, os legisladores imaginam que precisam ficar tomando conta dos cidadãos, como se fôssemos uns idiotas?  De fato, ao longo de um tempo não muito longo, o Estado, por meio de leis “salvadoras”, cheias de aparente preocupação com o nosso bem estar, vão podando a liberdade, a autonomia individual.

Tudo caminha na direção de um final preocupante, em que quase nada restará da liberdade de conhecemos, e apenas uns poucos parecem, realmente, prezar. Não sou maluco, e não estou aqui defendendo uma liberdade absoluta, que essa nunca existiu,de fato. Mas uma das características fundamentais da nossa civilização, tão judiada ultimamente, é a garantia dos direitos individuais. Claro que, resguardados os direitos alheios.

Mas o Estado decidir se devemos ou não usar um capacete para pilotar motos é tão estranho quanto decidir um cardápio alimentar para os dias da semana, com a desculpa de preocupação com a nossa saúde.

Cuidariam da minha, da sua saúde, leitor, da de seu filho, de forma impositiva, para que pudéssemos trabalhar sem faltas e falhas? Para que não deixássemos de recolher impostos sempre insuficientes? Ou por profundo amor à Humanidade?

Responda-me, com sinceridade, em que viver por aqui, desse modo, seria diferente de viver em um formigueiro em que as formigas fazem tudo sem escolhas? 

Você se considera uma  formiga?