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domingo, 10 de novembro de 2013

JOAQUIM JÁ NÃO ESTÁ MAIS ENTRE NÓS. OU, A ÚLTIMA VIAGEM DE JOAQUIM. O MENINO JOAQUIM PONTE MARQUES, DE 3 ANOS, FOI CONDENADO À MORTE. MORREU ANTES DE SER JOGADO NO RIACHO TANQUINHO, EM RIBEIRÃO PRETO, NO DIA 5. Seu corpo foi encontrado flutuando no Rio Pardo, em Barretos, a mais de 120 quilômetros de sua casa.



JOAQUIM FOI MORTO ANTES DE SER JOGADO NO CÓRREGO TANQUINHO.
Desde o início, a história de Joaquim é estranha, trágica demais, inaceitável. Como um garoto de três anos, que esteve pouco tempo atrás na UTI por conta de uma Diabetes tipo 1, que tomava várias doses de insulina por dia, teria conseguido sair de madrugada de uma casa cercada por muros altos e cujo portão estava trancado por um cadeado, sem que ninguém percebesse nada?

Ou ele teria saído sozinho e caído no riacho, o que seria praticamente impossível à três horas da manha, ou ele teria sido seqüestrado de dentro de casa sem que a mãe e o padrasto tivessem percebido alguma coisa!

A outra hipótese é a mais arrepiante: ele poderia ter sido morto – por algum motivo a descobrir – dentro de casa, pelo padrasto ou por ele e a mãe.

HISTÓRIA DE JOAQUIM
É bom lembrar a história de Joaquim. O garoto tinha três anos, sendo filho biológico de Natália Mingone Ponte e Artur Pontes, de quem Natália se separou quando Joaquim tinha um ano de idade.

Natália, 29 anos, era então psicóloga de uma clínica para viciados e conheceu Guilherme Longo, 28 anos, técnico em informática, que estava internado. Ela acabou se apaixonando por ele e, quando ele foi liberado da clínica passaram, a viver juntos. 

Isso aconteceu há cerca de dois anos. Desse modo, Guilherme era como um pai para o menino Joaquim.

Há quatro meses nasceu uma criança, filha dos dois, meio-irmã de Joaquim. Recentemente Guilherme voltou a usar drogas. Recentemente os dois descobriram que Joaquim tinha uma doença grave, quase tendo morrido e que o obrigou a ficar na UTI mais de uma semana, uma Diabete tipo 1.

A saúde de Joaquim exigiu a máxima atenção de Natália e Guilherme.

Guilherme conseguia trabalhar e ganhar dinheiro com informática? Não se sabe. Natália havia começado a trabalhar novamente como psicóloga e ajudar nas despesas? Não se sabe.

O que se sabe é que ela tinha uma criança de quatro meses e um filho de 3 anos muito doente. Mulheres estafados após o parto podem ficar muito descontroladas. Não há acusação formal da polícia contra Natália, a situação é de suspeita, para investigação.

Guilherme, como dependente químico que voltou a usar droga é outro caso de descontrole possível. 

GUILHERME LONGO, INVESTIGADO

HISTÓRIA DE UM VICIADO

Morei em uma república estudantil, há 35 anos, no interior, com um grupo de universitários como eu, mas tivemos a infelicidade de ter no grupo um sujeito que, normalmente, era de bom trato. 

Descobrimos que ele era viciado em cocaína (isso em 1968!). Seus dentes rangiam à noite; e quando não conseguia a droga ficava violentíssimo. Certa vez, diante das críticas, saiu correndo atrás de mim com uma longa faca de cozinha, certamente para me matar.

Na época eu era um bom atleta e corri mais rápido. Depois ele se desculpou, etc... mas, durante dias não consegui dormir direito.

Imagino, apenas imagino, o padrasto irritado por falta da droga e o garoto não querendo dormir, choramingando; ou a falta de dinheiro. 

A mãe disse que no dia quatro, segunda-feira, ela foi dormir e cuidar da outra criança e que Joaquim ficou com Guilherme para fazê-lo dormir, perto da meia noite.

Quando ela acordou, às sete horas da manhã, na terça, para dar insulina ao garoto ele não estava na cama. Ela procurou por toda casa e não o achou. Daí avisou a polícia sobre o suposto desaparecimento do menino.

Guilherme contou que depois da meia noite, após o menino dormir, saiu para comprar drogas mas que não achou nada. Quando voltou o menino estaria dormindo. A polícia encontrou, segundo a imprensa, um lenço molhado de urina. Joaquim pode ter urinado na cama e isso pode haver deixado Guilherme irritado. 

Todavia, segundo os seus relatos à polícia, nem Guilherme e nem Natália perceberam nada de estranho, não ouviram barulhos, não viram o menino acordar e sair (se é que acordou e saiu) e nenhum suspeito dentro de casa. Mas afirmam que o menino estava dormindo e sumiu!

NATÁLIA, INVESTIGADA

O MISTÉRIO 

É esse mistério que está sendo investigado pela polícia. De minha parte, imagino que a possibilidade de um a garoto doentio de 3 anos haver saído de dentro de casa de madrugada para aventurar-se é quase uma alucinação. 

Por isso no texto anterior contei a história da caixa de papelão que sequestrou a menina. Para mim Joaquim só pode ter saído de casa dentro de uma caixa de papelão mágica que o levou passear.

Aceitar que alguém tenha entrado na casa apenas para sequestrar o garoto sem que ninguém percebesse nada, outra alucinação igual. Seqüestros acontecem, mas dessa forma está um pouco estranho demais.

Restam Guilherme e Natália.   

A escola que o garoto freqüentava informou que o menino não aparecia às aulas a uma semana, antes do sumiço do dia cinco. Algum parente o viu nesses dias?

Não há acusações contra Guilherme e Natália, apenas perguntas, dúvidas, mistério. E investigações. Foi por esse motivo que a Justiça decretou a prisão deles por 30 dias. Como a polícia técnica disse que o menino não morreu afogado, então ele foi assassinado, ou morto involuntariamente, mas alguém o matou. E isso precisa ser esclarecido.

Como um garoto de 3 anos saiu de casa de madrugada, como foi morto, e, por que foi jogado em um riacho perto de casa?

O resto já sabemos, seu corpo apareceu flutuando no Rio Pardo, em Barretos. 

Foi a última viagem de Joaquim. 




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