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Marina ou Dilma: neocomunismo com Pai Nosso ou sem Pai
Nosso?
Percival Puggina
12 Setembro 2014
Atribui-se ao jornalista Cândido Norberto a frase segundo a
qual, em política, pode acontecer tudo, inclusive nada. Por exemplo: pode
explodir um avião sobre o cenário eleitoral; pode acontecer algo enigmático,
tipo vir à superfície mais um escândalo e o governo melhorar sua posição. E
também pode acontecer nada, pelo simples motivo de que parcela imensa da
população, em flagrante desânimo, joga a toalha no ringue.
As pesquisas desta
semana indicam que nação está agendando um encontro de boi com matadouro. E vai
abanando o rabo na direção de um entre dois neocomunismos: o sem Pai Nosso de
Dilma ou o com Pai Nosso de Marina.
É possível que o leitor destas linhas pense que estou
paranóico. Não, meu caro. Pergunto-lhe: você leu o documento final do 20º
Encontro do Foro de São Paulo (aquela organização que a grande mídia nacional
diz que, se existe, não fede nem cheira?). Quem lê o referido documento não só
fica sabendo que o bicho existe, mas que é poderoso e bate no peito mostrando
poder.
O texto exalta o fato de que, em 1990, no grupo de partidos
alinhados sob essa grife, apenas o PC Cubano governava um Estado nacional.
Hoje, estão sob manto do FSP, entre outros, Brasil, Uruguai, Argentina,
Bolívia, Chile, Equador, Venezuela, El Salvador e Nicarágua. Se observar bem,
verá que a lista contém a nata dos comunismos e socialismos bolivariano,
cocaleiro, maconheiro, bananeiro e por aí vai.
E se escrutinar caso a caso vai
encontrar dirigindo esses países, em seus vários escalões, aos cachos,
ex-guerrilheiros comunistas que, em momento algum, extravasaram arrependimento
ou deserção das antigas fileiras. Uma parceria e tanto, essa que o Brasil
integra na condição de grande benemérito e tendo o PT como sócio fundador.
O Foro de São Paulo, como bem mostra Olavo de Carvalho, é a
chave de leitura para o que acontece, não apenas na política nacional, mas nas
nossas universidades, na nossa economia, nos negócios externos e na tal
geopolítica "multipolar" que nada mais é do que um passo adiantado na
direção de um projeto de hegemonia e totalitarismo sobre a região. E é para lá
que vamos se, confirmando-se o dito com que abri este texto, já aconteceu tudo
e nada mais há para acontecer.
Se olharmos pela janela, veremos que a economia brasileira
está parando. A cartola de sortilégios do ministro Mantega está tão vazia
quanto os cérebros que nos governam. O que houve? Nada que não possa ser
explicado pela sujeição nacional a um governo com estratégias erradas. A
Venezuela já não está com polícia nos supermercados? Não se contam cinco
décadas de escassez e filas em Cuba? A outrora próspera Argentina, não se
encontra em plena decadência?
As parcerias do FSP adotam exitosas técnicas de sedução
eleitoral. Mas exercem o poder de modo desastroso. E Marina vem na mesma toada.
Ela nasceu para a política como líder comunista. Revoltada com a vida e com o
mundo, como costumam ser os líderes comunistas. Marina não entendia o motivo
pelo qual abrir trilha na floresta e riscar casca de seringueira não
transformava o cidadão acreano num próspero suíço. Saiu da floresta, estudou,
ganhou mundo, quer presidir o Brasil. Mas se não esconjurar as ideias que tinha
quando ministra, ela é um apagão eminente.
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA.
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