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terça-feira, 8 de abril de 2014

PT DA DEPRESSÃO. Ai, ai, que melancolia! Quem se lembra dos barbudinhos e das hipongas com estrelinhas no peito e um mundo novo na ponta da língua, nos anos 80?

Nada como um dia atrás do outro, e uma noite no meio. Os milhares que andavam pelo Brasil feito zumbis, com estrelinhas vermelhas coladas no peito, repetindo mantras sobre um mundo novo, ética e esperança, um Exército Brancaleone disposto a passar sobre quem não fosse simpático ao partido, sumiram do mapa.

Hoje milhares estão encastelados em repartições públicas sugando o dinheiro do povo, a nova Nomenklatura; centenas de milhares murcharam sua arrogância e perceberam que o mundo novo era para poucos, muito poucos, lá do topo da pirâmide. Murcharam, esvaziaram, pois seus líderes transformaram seu partido em um balcão de negócios.



Para um socialista idealista deve ser bem amargo ver o estrago que foi feito pelos manda-chuvas. Bem que, logo após o estouro do Mensalão, Lula, como quem estivesse um pouco envergonhado, tentou desculpar-se apontando um dedo para os outros: todos fazem isso. Ora, mas a diferença petista, segundo o imaginário deles mesmo, era a Ética, aquela palavra escandida com a boca cheia de orgulho e ódio pelos adversários.

Tudo conversa mole. Os fatos o provam a cada dia. Somente tolos poderiam acreditar que. em um país de cultura tolerante à corrupção existiria uma falange de anjos imunes a ela. Não, ao contrário, a realidade, o rodar da carruagem, mostra uma voracidade muito maior que a daqueles que se lambuzaram na corrupção anteriormente. 

O Brasil é um país que tolera a corrupção. Não é um paraíso, para entrar na trilha e no patamar dos países menos corruptos tem muito chão a percorrer.  Pensem todos sobre isso.  Cada um tem feito a sua própria parte nisso?


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