BERNARDO NUNCA MAIS TOMARÁ CHIMARRÃO |
Qual a última lembrança que o
garoto Bernardo, 11 anos, levou da vida? O adormecimento suave e a promessa de
sua madrasta de ganhar um televisor? Ou o escuro de um saco plástico embebido
de soda cáustica, colocado dentro de um buraco abafado, sem ar, coberto com
terra e pedras à margem de um rio? Bernardo sofreu antes da morte?
Isso deverá ser respondido pela
Polícia Técnica. O caso corre sob segredo de Justiça, mas logo saberemos se o
menino foi adormecido com analgésicos e morto em seguida com algum tipo de
droga letal, injetada na veia do braço esquerdo, segundo Edelvânia, pela
madrasta Graciele, 32 anos. “Apenas um piquezinho na veia”, como teria dito
Edelvânia, 40, assistente social, à polícia.
A mãe de Bernardo, Odilaine
Uglione Boldrini, morreu no consultório do marido, o médico Leandro Boldrini,
no ano de 2010, com um tiro na boca. Morreu 72 horas antes de assinar a
separação, segundo a imprensa, na qual receberia 1,5 milhão e mais uma pensão
mensal de R$8.000,00. Para a Polícia o caso estaria encerrado, pois chegou-se à
conclusão de que foi suicídio.
SUICÍDIO
Mas este caso exigirá, talvez, um
outro exame relativo à morte de Odilaine, para que não restem dúvidas, uma vez
que a morte de Bernardo, que herdaria tudo, muda a situação do patrimônio do
médico Leandro. Além do mais, há precedentes interessantes no caso. A imprensa
relatou que o menino, diante das humilhações que sofria em sua casa após a
morte da mãe, chegou a ir ao Fórum pedir para ser adotado por alguma família.
Segundo a imprensa, o menino era proibido de entrar em casa antes do pai
chegar. Ele era visto por todos sentado na calçada aguardando!
A avó materna do menino havia
pedido a guarda da criança, mas a Justiça negou sob o argumento de que era
idosa (hoje tem 73 anos) e que se ela morresse isso poderia abalar o menino.
Agora a avó é que está abalada e internada em Santa Maria, onde
mora, por conta da morte do neto do qual queria cuidar.
RIO MICO
O garoto foi levado a Frederico
Westphalen, 80 quilômetros ao norte de Três Passos, onde morava, sob a promessa
de ganhar um aparelho de TV e de que deveria fazer uma consulta com uma
benzedeira. Acabou enfiado num saco plástico e enterrado em posição fetal,
sentado e coberto por soda cáustica, terra e pedras.
ONDE ENTERRARAM BERNARDO (FOTO Eduardo Matos) |
O local da cova foi achado após
as informações prestadas por Edelvânia. Fica mais de 20 quilômetros da cidade,
um difícil acesso por estrada de terra, em terreno bastante acidentado, ao lado
do Rio Mico, em meio a um arvoredo. Edelvânia teve dificuldade em cavar o
buraco que começou a ser preparado um dia antes, devido Às raízes e dureza do
solo. Para isso ela usou uma pá, uma enxada e uma cavadeira manual.
O buraco fica a 500 metros de uma
casa de madeira simples, típica daquela região, em meio a um piso de terra
avermelhada; trata-se da casa da família da mãe de Edelvânia, onde ela morou
por duas décadas. Até agora segundo informações, ninguém da família, bastante
modesta, teve conhecimento do que estaria acontecendo.
APARTAMENTO
Edelvânia mora em Frederico Westphalen
e, há alguns anos, ela e Graciele, que é enfermeira, moraram juntas. Mas
perderam o contato. Segundo a imprensa, foi procurada há dois meses por
Graciele para ser madrinha do nenê de um ano que ela tem com o marido Leandro.
Aproveitando a oportunidade,
Graciele teria falado que estava com muitos problemas com o garoto e queria
saber se ela (Edelvânia) gostaria de ajudá-la a se livrar dele. Mantiveram mais
alguns contatos e, no dia 4 de abril, às 13h30, a Mitsubishi L200 Preta de
cabine dupla de Graciele chegou Rua Tenente Portela, onde estacionou ao lado de
um Fiat Siena, perto de um posto de gasolina, na esquina com a rua do Comércio.
EDELVÂNIA, ENTRE UM MATE E OUTRO... |
O menino e Graciele passaram para
o Fiat e saíram para algum lugar. Pelas 16 horas o carro volta e ambas descem,
sem o garoto. O menino morreu no meio da tarde do dia 4 de abril.
Tranquilamente Graciele foi a uma loja comprar um aparelho de TV, enquanto a
assistente social Edelvânia, carinhosamente, levou uma sobrinha pequena para
comprar sorvete, picolé.
EXTINTOR DE INCÊNDIO
Por investigações a polícia chegou
a Edelvânia e achou em sua casa os instrumentos usados para cavar o buraco. No
dia 14 ela contou onde estava o corpo. Ao anoitecer a polícia achou a cova e o
corpo, bastante deteriorado. Em seguida os três foram presos.
Edelvânia contou à polícia que
Graciele prometeu pagar R$20 mil pela ajuda. Como ela havia comprado um
apartamento de R$96 mil aceitou. “Era muito dinheiro e não teria sangue nem
faca; era só abrir um buraco e ajudar a colocar dentro o menino”, disse Edelvânia.
Coisa simples, limpa, sem sangue.
Uma vida a mais, uma a menos, que diferença faria, não é mesmo? Afinal, o
garoto atrapalhava a vida de todo mundo. E lá se foi o pobre Bernardo parar em
uma cova rasa dentro de um saco de plástico.
A MITSUBISHI DE GRACIELE |
Dias antes de achar o corpo, a
polícia vistoriando a caminhonete de Graciele achou uma nota fiscal de compra
de um extintor de incêndio, em Frederico Westphalen, no dia 4 de abril. Bingo!
Também no dia 4 há o registro de uma multa por excesso de velocidade (117 km/h)
na estrada de Três Passos para Frederico Westphalen, após o meio dia. O policial
rodoviário lembra que havia um menino dormindo no banco de trás. Bernardo foi,
mas não voltou. Apenas a TV comprada por Graciele.
O FIM DA HISTÓRIA
Graciele voltou para e casa disse ao marido, conforme a imprensa, que o menino havia ficado numa casa próxima, de um amiguinho, onde passaria a noite. O pai saiu para procurá-lo apenas dois dias depois. No dia 5 à noite foi com a mulher em uma festa onde divertiram-se muito, segundo testemunhas.
O FIM DA HISTÓRIA
Graciele voltou para e casa disse ao marido, conforme a imprensa, que o menino havia ficado numa casa próxima, de um amiguinho, onde passaria a noite. O pai saiu para procurá-lo apenas dois dias depois. No dia 5 à noite foi com a mulher em uma festa onde divertiram-se muito, segundo testemunhas.
GRACIELE E LEANDRO |
A mãe, Odileine, reencontrou-se
com o filho Bernardo, no Céu. Edelvânia, a assistente social, talvez não tenha
como pagar o apartamento comprado; Graciele destruiu o futuro de seu nenê e, se
for culpada e sentir algum remorso, isso durará a vida toda. Leandro ficou sem
o filho, que não queria mesmo morar com ele, e terá que provar que não sabia de
nada.
Bernardo sofreu antes de morrer? Antes
que saiam os exames periciais, ninguém saberá.
As únicas testemunhas foram as
ferramentas (a pá, a enxada e a cavadeira), além das raízes das árvores. E o tranqüilo
Rio Mico. Mas as ferramentas não falam, e as águas do rio, que passaram por
ali, naquela tarde triste de 4 de abril já estão muito longe, e não voltam nunca mais.
O Rio Mico já não é o mesmo,
desde então, e Bernardo também. Assim como todos nós. Isso me lembra Heráclito.
RIP, Bernardo.
Gutenberg Jota
Informações coletadas na imprensa regional e nacional. Imagens Facebook
Esperamos justiça! Muita justiça. Neste caso e em outros, como também o do menino Joaquim, morto pelo padrasto Longo e sua "querida" mãe, a malvada e assassina NATÁLIA, que deveria estar presa e não solta, vendendo salgados com sua mãe, numa boa. O nosso Brasil deveria ter, no lugar do verde, representando as matas, a cor vermelha, simbolizando a cor do sangue, derramado aos montes, todos os dias, uma guerra injusta e covarde, onde só os inocentes pagam.Teríamos que ter pena de morte para casos iguais a esse. Justiça, pelo amor de Deus!
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