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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O PAPA E AS PELADINHAS DO FEMEN; OS RAIOS SOBRE ROMA E A MARQUÊS DE SAPUCAI. Espero que elas vão para o Irã protestar contra a má situação das mulheres na terra de Mahamoud Ahmadinejad.



RAIO CAI SOBRE A BASÍLICA APÓS O ANÚNCIO DA RENÚNCIA DE BENTO XVI (FOTO DE FILIPPO MONTEFORTE / AFP)

Algum tempo depois que o Papa Bento XVI lançou um raio sobre o mundo católico, ao anunciar sua renúncia à liderança da Igreja, o que se concretizará no próximo dia 28, o fotógrafo italiano Filippo Monteforte (da AFP) conseguiu captar uma imagem rara, um raio caindo sobre a cúpula da Basílica de São Pedro.

Para muitos, mais místicos, aquilo teria sido um tipo de sinal divino. Penso que foi apenas o cruzamento entre cargas elétricas e um para-raios. Mas, nestes tempos de alta-tecnologia e manipulação de imagens, muita gente, menos crédula, postou comentários nos sites jornalísticos duvidando da autenticidade da fotografia.

Filippo já explicou que captou a imagem porque viu o tempo se fechando e percebeu a tempestade com raios que chegava. Agiu como bom caçador de imagens. Ficou aguardando a oportunidade. E ela veio. Nada de Photoshop, apenas um bom e velho fotógrafo profissional na hora certa, no lugar certo.

Bem, se foi Deus que lançou o raio para iluminar o futuro da Igreja, ou facilitar o trabalho de Filippo, não sei, não vou tão longe.   

ENQUANTO ISSO, EM PARIS

Enquanto isso, em Paris, um dia depois, longe demais foram oito ativistas, que se dizem feministas, se é que isso ainda significa alguma coisa coerente hoje em dia, do movimento Femen, que resolveram agir provocando escândalo e chamar para si os raios dos flashes eletrônicos dos fotógrafos que, curiosamente, apenas curiosamente, sempre estão por perto quando as moças vão ficar peladinhas para fazer um protesto.

E as moças invadiram a venerável Catedral de Notre-Dame, como uma horda de bárbaros, e em meio a centenas de turistas, como não poderia deixar de acontecer, tiraram a roupa e começaram a gritar frase em comemoração ao anúncio da renúncia do Papa.

PROTESTAR EM PARIS É FÁCIL
(FOTO JOEL SAGET/AFP ABC.ES)

O vídeo postado no Youtube mostra a que ponto chegamos. Um bando de moças em quase histeria e num espetáculo histriônico, bradando frases contra o Papa, com mensagens pintadas no corpo e com pedaços de pau batendo nos sinos dentro da Catedral.

Um espetáculo de extremo mau gosto, selvageria e falta de respeito para com a religião alheia. Como li no blog do Reinaldo Azevedo, com o qual concordo inteiramente, é fácil ter coragem de gritar contra o Papa em Paris, dentro de uma histórica catedral. Elas poderiam tentar fazer isso nos bairros islâmicos de Paris ou Londres, ou dar uma esticadinha até a Praça Tahir, no Egito, ou ir  a Teerã colocar os peitinhos de fora e gritar “abaixo Maomé”, abaixo os chicoteadores e apedrejadores de mulhers. Para isso precisaria haver muita coragem.

Em Paris não. Nas capitais ocidentais, cosmopolitas não, aqui se resguardam os direitos até dos bárbaros como elas. Basta não ter vergonha de tirar a roupa e agir como um freak, uma daquelas pessoas que se exibiam em circos há uns cem anos: a mulher barbada, os anões, os gigantes, os xipófagos.

REPRODUÇÃO DE ABC.ES

O que pretendiam elas com a frase idiota “No more Pope”? Será que a renúncia de Bento XVI significa, para elas, que a Igreja vai fechar para balanço? São tão egoístas, tão centradas em si mesmas, tão individualistas, tão historicamente desinformadas que não sabem que podem protestar peladinhas dentro de uma catedral ocidental graças à universalização dos Direitos Humanos. 

Graças aos fundamentos das sociedades de base cristã que, por meio de sua doutrina, prezam a integralidade do corpo e garantem o direito das vítimas; embora eu tenha dúvidas sobre se elas são vítimas de alguma coisa além da própria ignorância.

Protestar tão extremamente, com tanto desrespeito ao outro, só é possível em países de origem cristã. Jamais o fariam em um país islâmico, não que lhes faltassem razões, pois não?, uma vez que lá as mulheres são subalternas, vigiadas, submissas e duramente punidas se não obedecem aos homens e às leis religiosas. E por que não vão? Porque não conseguiriam mídia de graça e exposição. Talvez encontrassem a prisão e, até, a morte. Então, concordo com Azevedo: lhes falta mesmo é coragem.

Colocar os peitinhos para fora só é fácil nos países cristãos, seja em Roma, em Paris, Londres, ou na Marques de Sapucaí.  Porque ao invés de ofenderem os católicos e à instituição não vieram ao menos partilhar da festa carnavalesca aqui no Brasil? É bem alegre e só vai quem quer.

          
                                           REPRODUÇÃO DO SITE TERRA 


 VIDEO AÇÃO FEMEN EM NOTRE-DAME, PARIS

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