Colunista do 'Financial Times' vê risco de bolha no Brasil
Crédito farto, consumo alto e falta de reformas estruturais fazem com que tudo no país esteja excessivamente caro, diz Moisés Naím.
Preços de imóveis comerciais no Rio e em São Paulo começam a ficar mais caros que os de Nova York.
“Parem antes que a bolha estoure”, alertou nesta quarta-feira o economista Moisés Naím, colunista do jornal britânico Financial Times e ex-editor-chefe da revista Foreign Policy. A bolha a qual Naím faz referência arma-se no Brasil.
Para ele, o acesso maior ao crédito pela população nos últimos anos – importante motor do consumo e do crescimento da economia brasileira nos últimos anos –, associado à euforia dos investidores estrangeiros e aos gargalos que sufocam a capacidade do setor produtivo em responder à crescente demanda, torna tudo muito caro.
Essa combinação, alerta o analista, pode se tornar o maior problema do país nos próximos anos. "Se os êxitos econômicos (brasileiros) ainda não resultaram em uma bolha financeira, isso logo poderá acontecer", afirmou.
Superaquecimento – Naím afirma que não há dúvidas acerca do superaquecimento da economia brasileira. O colunista enfatizou o nível a que chegou a concessão de empréstimos no país, cerca de 45% do Produto Interno Bruto (PIB), e a baixa propensão da população em se incomodar com os altos juros destas operações. Atualmente, um quinto da renda familiar é comprometido com o pagamento de dívidas, ressalta o especialista.
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