Aprendi que algumas coisas atraem constantemente a nossa atenção e interesse. No esporte, por exemplo, há sempre um possível vitorioso, e um possível derrotado; às vezes a Sorte ou o Azar interferem e o final não é o esperado. É isso que gera emoção, conversas, comunicação, apostas: a possibilidade de que aquilo que parece óbvio não aconteça.
Num esporte como o UFC, assim como em outros tipos de luta, há categorias para tentar equilibrar os competidores, mas os competidores, apesar de sua perícia e história, podem encontrar resultados inesperados e indesejados. Nem sempre os mais preparados vencem.
Aos derrotados resta o choro e o ranger de dentes.
Aos derrotados resta o choro e o ranger de dentes.
Não gosto desse tipo de luta. Há outras mais elegantes. Além disso, não creio que Anderson seja tudo o que dizem dele. Como não gosto do UFC, vi apenas duas luta na minha vida: a de seis de julho de 2013 e a revanche de 29 de dezembro. Nas duas Anderson perdeu.
Então, para mim, Anderson perdeu 100% das lutas dele que vi! O que são as estatísticas!
De fato, como tive a sorte de ver algumas lutas de Cassius Clay, penso que Clay era muito melhor nas provocações aos adversários que Anderson.
EM JULHO, PROVOCANDO WEIDMAN COM SELINHO. APANHOU. |
Anderson provocou e levou a pior. Bem o disse o Saint-Pierre antes da luta de julho: "Weidman vencerá, e bem depressa!". E foi o que aconteceu. Todos achavam que Anderson daria um passeio...
Sei que Anderson fez nome e ganhou durante muitos anos, mas acho que ficou arrogante e tolo. Perdeu em julho e perdeu em dezembro.
Li declarações dele na Imprensa sobre que se a luta (aquela em que quebrou a perna ao chutar Weidman) tivesse continuado, sem o acidente, é claro, teria vencido o americano.
Que declaração tola absurda. Ele certamente acreditava que ganharia de Weidman em julho. Ou não? Pois é, sempre aparece a Sorte ou o Azar, e isso sem menosprezar a capacidade de Weidman; afinal, ele acabou vencendo após uma velas porradas em Anderson.
As declarações de Anderson me fizeram lembrar um dos grandes poetas brasileiros, Emílio de Menezes, um parnasiano que quando não estava fazendo versos era um dos grandes boêmios do Rio de Janeiro no início do Século XX.
Menezes era um tremendo gozador e grande satírico. Todos temiam suas caricaturas verbais que fazia de amigos e inimigos.
De um sujeito fanfarrão e arrogante, que achava que era o máximo, Menezes dizia: "Fulano de tal é tão pretensioso, que acredita ser imbatível em um combate mental..." Isto é, mentalmente ninguém ganhava do sujeito.
Isso me fez lembrar Anderson.
Duas lutas contra Weidman, duas derrotas; mas, numa luta mental..., coitado do Weidman.
Duas lutas contra Weidman, duas derrotas; mas, numa luta mental..., coitado do Weidman.
LUTA DE SEIS DE JULHO DE 2013
LUTA DE 29 DE DEZEMBRO DE 2013
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