A paz do segurança Manoel de Freitas Louvise, 57 anos, que trabalhava na mesma empresa que Wellington Barbosa de Oliveira, o atirador maluco do massacre do Realengo, acabou. A polícia descobriu que ele era o dono legítimo do revólver calibre 38, um dos dois utilizados por Wellington. No massacre morreram 10 meninas e dois meninos, e ficaram feridos mais dez meninas e outros dois meninos.
Com a prisão do segurança Manoel de Freitas Louvise, de 57 anos, que vendeu o revólver calibre 38; o outro foi um calibre 32 cujos vendedores também já foram identificados. Louvise foi preso na manhã de quinta-feira, por comércio ilegal de arma de fogo. Do 38 foi que saiu a maioria dos 66 tiros disparados pelo maluco: 60 tiros. Os outros foram dados com o 32.
Manoel contou ao delegado-titular da Delegacia de Homicídios, Felipe Ettore, que vendeu o revólver, que era comprado legalmente, por R$1.200,00, em setembro do ano passado, após muita insistência por parte de Wellington que dizia precisar muito de uma arma por motivos de defesa pessoal. Wellington trabalhava no almoxarifado da mesma empresa em que Manoel era porteiro.
O delgado Ettore disse à imprensa: "O caso está elucidado. Ele agiu sozinho. Era um homem perturbado, com problemas mentais, que planejou tudo aquilo sozinho. Vamos esperar a chegada do laudo do confronto balístico (para confirmar o sucídio do assassino) para concluir o inquérito". Isso significa que a polícia não investigará mais outras pistas possíveis, como os acessos à Internet. Wellington poderia ter sido influenciado por alguém a fazer uma bobagem qualquer.
O computador do atirador foi periciado e um vídeo recuperado no HD indica que Wellington planejava alguma coisa contra a escola, de natureza violenta, desde julho de 2010. Para a polícia foi um crime premeditado. Em imagens, gravadas por uma webcam, o atirador afirma que se vingará em nome "daqueles que são humilhados, agredidos e desrespeitados, principalmente em escolas e colégios, pelo fato de serem diferentes".
Manoel Louvise informou à Polícia que com o dinheiro obtido com a venda da arma reformou um carro velho que, depois, acabaou sendo roubado. Ele contou que Wellington disse que rasparia a numeração da arma. Mas os peritos conseguiram recuperar os números pela técnica de metalografia e encontraram o dono original.
Manoel mostrou-se abalado, pois diz ter apenas vendido a arma, nunca desconfiando das intenções de Wellingto. Ele disse ter um neto de 12 anos de idade.
A lembrança do massacre será sempre muito pesada para Manoel.
Texto compilado dos jornais do dia.
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