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domingo, 8 de junho de 2014

O PUBLICITÁRIO ESQUARTEJADOR E O ZELADOR QUE QUASE VIROU CHURRASCO. Como Eduardo Martins matou, esquartejou e assou pedaços de Jezi Lopes de Sousa após uma discussão no prédio em que moravam, em São Paulo. O corpo foi achado com o assassino confesso em uma casa na Vila Mirim, na Praia Grande, Baixada Santista. (Vídeo)


JEZI LOPES DE SOUSA, 63 ANOS


Quando pensamos ter visto tudo sobre o horror cometido pelos seres humanos, algo pior sempre pode acontecer. A maldade contida nos homens nunca teve limites.É da História. Isso, claro, é bem diferente da maldade que anda à solta pelo Brasil de hoje por conta da inoperância, irresponsabilidade, quase cumplicidade das autoridades que parecem não ligar a mínima para a Segurança Pública

Mas o crime que levou à morte de Jezi Lopes de Sousa, 63 anos, zelador de um prédio onde morava há cinco anos, nada tem a ver com a Segurança Pública, ou a falta dela, que mata mais de 50 mil pessoas por ano em nosso país. Certamente não. Trata-se, apenas, de mais um retrato assustador de como os homens podem ser maus, frios e perversos.

Tudo, como sempre, parece muito simples. Um zelador de um prédio pode, se for cumpridor de seus deveres, criar tensões com moradores indisciplinados. Moradores indisciplinados prepotentes podem achar que sempre têm razão. Basta isso para que uma história de pequenas e freqüentes discussões acabe em morte.

E foi assim que aconteceu.
EDUARDO TADEU MARTINS, 47 ANOS.


Na sexta-feira, 30 de maio, uma câmara de segurança registra as últimas imagens de Jezi vivo, entregando correspondência, por volta das 15h45. Duas horas depois ele estava em uma mala, morto, sendo levado para Praia Grande, onde seria deixado até domingo quando seria serrado em parte para ser assado em uma churrasqueira em uma casa da Vila Mirim. A queima dos pedaços do cadáver seria para dificultar o seu encontro e identificação, não para uma jantar macabro, certamente.

Ocorre que, entre o sumiço de Jezi e a prisão do publicitário Eduardo Martins na segunda-feira, no Litoral, quando usava uma sunga para queimar pedaços de Jezi na churrasqueira, ninguém da família do zelador sabia o que havia acontecido.

O homem entrou no elevador para entregar correspondência e sumiu. Como havia atritos entre o publicitário e o zelador logo desconfiaram de que alguma coisa houvesse acontecido. Imagens das câmaras mostram que na sexta-feira, duas horas após o sumiço, Eduardo colocou duas malas no seu carro e saiu do prédio. Ele foi ajudado pela sua mulher, a advogada Ieda Cristina, de 42 anos.

Na segunda-feira, ao ser preso, Eduardo disse que sua mulher não sabia de nada, que só o havia ajudado a colocar malas cheias de roupas para doação no carro. Evidentemente essa história será checada pela Polícia.

O que leva um homem a matar outro? Segundo Eduardo foi o susto. Ele estaria em uma lixeira e, ao sair, encontrou o zelador. Este assustou-se e teria começado uma discussão. Após um empurrão ou algo assim teria batido a cabeça no batente da porta e morrido.

Perguntam a Eduardo: e por que você não contou a verdade sobre o que aconteceu?

E ele responde friamente: “Eu não tinha mais o que fazer; não iriam acreditar em mim”!

Não sei porque, falar a verdade sempre ajuda, ao que parece.

Eduardo preferiu o caminho mais tortuoso. Colocou as malas no carro e foi a Praia Grande. Segundo ele, sem que o pai que mora lá soubesse, deixou a mala num quarto e voltou para São Paulo. Saiu para jantar com a mulher e filho.

No sábado voltou a Praia Grande e levou o pai para São Paulo. No domingo desceu a Praia Grande onde pretendia livrar-se do corpo. Forrou o banheiro com folhas plásticas para não espirrar sangue, arranjou uns serrotes e cortou o corpo em pedaços. "Cortei os pés, as canelas, a coxa, as mãos, o antebraço, os ombros e a cabeça", finalizou. Segundo o suspeito, ele se arrependeu na hora em que o zelador caiu e bateu a cabeça. "Eu não tinha o que fazer".

Depois disso, na churrasqueira de tijolinhos vermelhos, diante da casa, em uma das ruas tranqüilas da Vila Mirim, de sunga, Eduardo começou a preparar o seu ritual macabro. Segundo ele, chegou a vomitar algumas vezes, pois o corpo já começava a cheirar mal.

ADVOGADA IEDA CRISTINA, 42 ANOS

Ao perceber, na sexta-feira, que Jezi estava morto, não teria sido mais fácil chamar a Polícia e explicar tudo? Bem, agora não há mais o que fazer. Para a Polícia, a história está mal cotada e Eduardo pretende livrar a mulher das conseqüências de seus atos.

Bem, isso é um problema para a perícia. Jezi está morto, Ieda diz pensar que na mala havia roupas velhas para doação, Eduardo conta, por enquanto a história que quiser.

A única testemunha de tudo seria uma mala onde o corpo de Jezi fez a viagem até Praia Grande e onde ficou de sexta-feira a segunda, até ser esquartejado e queimado parcialmente. Mas malas não falam, e no caso da mala usada no crime, parece também ter sido queimada perto da churrasqueira.

COMO MATEI O ZELADOR







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