Quando começou a onda de revoltas no Norte da África e no Oriente Médio era, na visão de especialistas ocidentais, um efeito do uso dos meios de comunicação modernos como a Internet e as redes sociais. Foram caindo governos, com maior ou menos resistência, como a Tunísia e o Egito. Yêmen, Arábia Saudita, Marrocos, cada um teve o seu momento de tensão devido Às multidões nas ruas. Mas na Líbia as coisas tomaram um rumo estranho.
Em todos os países árabes e islâmicos, a Onu, a Otan e os americanos e seus aliados observaram os acontecimentos. No caso da Líbia, após iniciados os protestos e também iniciada a repressão, começou uma operação destinada a punir Muamar Kadafi, por ataques a civis.
Kadafi alertou que eram civis, mas civis armados e em revolta, infiltrados por gente da Al Qaeda, e que também eles matavam civis que apoiavam o governo. Obama e aliados não deram ouvidos e o presidente americano, em baixa (antes da morte de Bin Laden), durante visita ao Brasil, deu ordem de atacar as forças de Kadafi.
Em março os rebeldes líbios diziam que já eram uns dez mil os mortos. Hoje são perto de 40 mil. Apenas uma coisa. O que era uma revolta interna e mesmo uma guerra civil, teve a interferência, contra um dos lados –o do governo- pelas tropas da Otan.
As forças ocidentais iniciaram centenas de ataques aéreos bombardeando instalações militares e campos de pouso e tanques e quartéis, que levaram a devastação à Líbia.
Pela primeira vez a Otan entra em uma guerra civil para lutar por um dos lados: os rebeldes. Mas isso já preocupa os militares europeus no comando da operação. Contra quem eles lutam eles sabem, seu ex-aliado Muamar Kadafi.
Mas, por quem eles lutam? Muitos desconfiam que caíram numa armadilha. Ao apoiarem rebeldes civis da Líbia, passaram a apoiar também grupos radicais islâmicos que têm o interesse em tirar Kadafi do poder. Mas depois disso, jamais diriam obrigado aos ocidentais.
Mas, por quem eles lutam? Muitos desconfiam que caíram numa armadilha. Ao apoiarem rebeldes civis da Líbia, passaram a apoiar também grupos radicais islâmicos que têm o interesse em tirar Kadafi do poder. Mas depois disso, jamais diriam obrigado aos ocidentais.
Os Estados Unidos avaliam que hoje a guerra na Líbia, já se trata disso, custa 100 milhões de dólares por semana! E milhares de vidas, que eles pretendiam, justamente, proteger. A economia líbia está em frangalhos, o pais foi desmontado.
Muamar Kadafdi é um maluco, mas muito mais decidido que qualquer outro ditador daquelas bandas. Não tem medo. Acredita cumprir uma missão divina e já disse que morrerá lutando. Acredito nisso.
Kadafi promoveu o terror no Ocidente por anos. Redimiu-se, tornou-se aliado dos europeus e, então, está sendo caçado como um animal.
Os militares europeus e Obama não sossegarão enquanto não matarem Kadafi. Mesmo que isso custe um pais inteiro. É um tempo bem maluco. Mesmo porque, depois, não vão querer pagar a reconstrução.
Os militares europeus e Obama não sossegarão enquanto não matarem Kadafi. Mesmo que isso custe um pais inteiro. É um tempo bem maluco. Mesmo porque, depois, não vão querer pagar a reconstrução.
Os restos da Líbia ficarão nas mãos das tribos que disputarão os campos de petróleo, ou de radicais islâmicos, que odem estar observando de longe, da Síria ou do Irã.
O que era para evitar uma matança de civis tornou-se uma matança de civis. De que lado eram os tais civis? Isso não importa. Não eram civis, afinal?
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