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sexta-feira, 10 de junho de 2011

DILMA ROUSSEFF, VÍTIMA DE TORTURAS, NÃO RECEBEU SHIRIN EBADI, A PRÊMIO NOBEL QUE LUTA, JUSTAMENTE, CONTRA AS TORTURAS NO IRÃ. A iraniana recusou-se a ser recebida por Marco Antonio Garcia, ex-assessor de Lula, o que se dizia amigo de Ahmadinejad. Perfeito.

Não entendo absolutamente nada do protocolo da Presidência, ou dos detalhes da rotina do Itamaraty. Sou apenas um curioso observador da cena apresentada por esta estranha imprensa politicamente correta e esquerdista que nos serve, hoje em dia, no Brasil, e dos inacreditáveis acontecimentos que ocorrem em Brasília. Quase uma diversão. Não chega a ser um circo porque tem elevados custos sociais e ao tesouro.

Não é sempre que um prêmio Nobel vem ao Brasil. Já nem espero que venha na forma de prêmio mesmo, devido ao nível de nossa educação e à falta de apoio à pesquisa (não à falta de pesquisadores), mas trato da visita de pessoas premiadas.

É o caso da advogada iraniana (jurada de morte em seu pais) Nobel da Paz de 2003, Shirin Ebadi, de 63 anos. Veio ao Brasil para tratar no Congresso  de pedir apoio ao Brasil à causa dos Direitos Humanos quando for realizada a Assembléia  Geral da ONU, em setembro, em Nova York.


SHIRIN EBADI:  MAGOADA COM DILMA POR NÃO TER SIDO RECEBIDA

O que ela gostaria mesmo é de ser recebida pela presidente Dilma Rousseff, a primeira mulher presidente do País, ex-presa política, ex-ativista, ex-terrorista (é assim que se designa quem era de grupo terrorista como a Var-Palmares?), a  quem esperava encontrar para poderem conversar sobre Direitos Humanos. 

Direitos Humanos, vocês sabem, é um dos assuntos preferidos por Dilma Rousseff. E, no Irã, assim como em outros países onde impera uma visão muito conservadora da mulher, quase medieval, as mulheres sofrem. Em alguns lugares são apedrejadas, tem seu nariz e orelhas cortados, impunemente, por maridos raivosos; são açoitadas por saírem à rua sozinhas e mais uma fieira de absurdos.  

Tanto que ela, Dilma, mandou vários ministros cuidarem do clima tenso que ocorre no Norte por causa de questões fundiárias. E também mandou patrulhar as fronteiras por onde entram drogas e armas que matam umas 50 mil pessoas por ano no Brasil. 

Embora Dilma nada tenha dito sobre a decisão do Superior Tribunal Federal, a respeito do Caso Battisti, o que criou enorme constrangimento internacional ao país, ao ponto do presidente italiano haver dito que o Brasil escolheu o lado do terrorismo "uma vitória do terrorismo," imagino que ela tenha ficado decepcionada pelo fato de não mandarem o sujeito para a prisão na Itália. 

O governo italiano já chiou e disse que, no Brasil, o terrorismo venceu. Mas essa é outra questão. (Mas fico, mesmo, curioso sobre se Dilma tem simpatia por Battisti ou pela Justiça italiana). Quem sabe ela resolve falar.

Mas agenda de um presidente deve ser uma das coisas mais confusas e complicadas, e supreendentes. Dilma pode atender Shakira e outros artistas, roqueiros, com direito a foto e tudo, mas não recebeu uma mulher, Prêmio Nobel da Paz, que luta pelos Direitos Humanos no Irã, país que desrespeita cotidianamente os direitos humanos.

Lula chamava Ahmadinejad de “amigo” e recusava-se a discutir a repressão ao povo no Irã.

Dilma pareceu querer mudar isso, ao menos não chamou Ahmadinejad de “meu amigo”, mas mandou Marco Aurélia Garcia (o Top Top) atender Shirin. Garcia é outro amigo de Ahmadinejad e é aquele que acha que as Farc não são terroristas, apenas um grupinho político fazendo um joguinho de braço com o governo e o exército da Colômbia.
Numa linguagem rebuscada, não sei se para mascarar os fatos, Garcia chama terrorismo de beligerância. Tempos modernos...

Nessa brincadeira, as Farc matam, explodem, seqüestram pessoas, mantém campos de concentração na selva amazônica colombiana e vendem muita cocaína para o Brasil, onde morrem milhares de jovens drogados e pela violência do tráfico. A visão de Garcia sobre Direitos Humanos deve ser um pouco diferente daquela de Shirin Ebadi.

A Nobel da Paz iraniana ofendeu-se se recusou a ser recebida por Garcia e ficou muito magoada e aborrecida com a recusa de atendê-la de Dilma Rousseff, aquela que, um dia, foi presa e torturada por uma ditadura que ela acusava de não respeitar os direitos humanos.

Vivendo e aprendendo. 
         
As demais firulas diplomáticas do Itamaraty não passam mesmo de firulas diplomáticas. 
O Brasil está precisando crescer moralmente e mostrar de que lado está. Contra ou a favor do Terrorismo? Até hoje a ambivalência e tibieza de postura tem indicado que o Brasil é um país covarde e em cima do muro. (não vale chamá-lo de tucano). 

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