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quarta-feira, 13 de abril de 2011

DESARMAMENTO. FINALMENTE CAIU A FICHA DA OAB E ENTIDADE CRITICA IDEIA DE SARNEY DE ANULAR O ESTATUTO DO DESARMAMENTO PARA FAZER OUTRO PLEBISCITO.

http://www.sponholz.arq.br/

Após titubear por vários dias, finalmente parece que caiu a ficha da OAB nacional no sentido de que seria um absoluto contrasenso a anulação do Estatuto do Desarmamento, para a realização de outro plebiscito sobre desarmamento no País, conforme a ideia apresentada pelo presidente do Confresso, o sendor José Sarney.

Havia uma certa indecisão da OAB, que parecia querer embarcar no ônibus da demagogia, desrespeitando a vontade popular que decidiu, em 2005, contra o desarmamento, o presidente da entidade, em nível nacional resolveu falar.

Ophir Cavalcante, avaliou a proposta de um novo plebiscito como uma “cortina de fumaça” para desviar o foco dos problemas de segurança pública que tem que ser enfrentados pelo governo.  Ele acredita que seria um desrespeito à vontade popular manifestada em referendo realizado em 2005.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criticou a hipótese de ocorrer um plebiscito para discutir a posse de armas de fogo no país. O assunto voltou à tona depois da tragédia no Rio de Janeiro na semana passada, quando ex-aluno de um colégio invadiu a escola e matou a tiros 12 estudantes e feriu outros doze. 

"Hoje, se vive no Brasil uma verdadeira guerra civil urbana pela ausência de uma política clara, consistente e efetiva de combate à criminalidade e ao tráfico de armas", disse o presidente da OAB, defendendo a criação de um plano nacional de segurança pública. 

No dia 10 a OAB-Rio defendeu nova discussão sobre desarmamento

A OAB-RIO defendeu domingo a retomada da discussão sobre o desarmamento no Brasil. Para o presidente da OAB do Rio, Wadih Damous, o massacre que deixou 12 crianças mortas, na última quinta-feira, deve servir como motivo para reflexão para os riscos que a sociedade corre com o livre acesso de cidadãos a armas de fogo.

"Uma tragédia como essa, infelizmente, acaba servindo de lição, por conta da facilidade com que se consegue adquirir armas no Brasil. Esse rapaz Wellington de Oliveira, autor dos disparos não era membro de quadrilha, não era do crime organizado, era um descontrolado que tinha acesso com facilidade a uma arma", disse. 

Em 2005, em um referendo que perguntava "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?", 63,94% dos brasileiros disseram não ao desarmamento contra 36,06% que votaram pelo fim do acesso às armas.

COMENTO

É espantoso que um dirigente da OAB argumente desse modo. O plebiscito produziu resposta do povo à questão. E o senhor Damous confundiu adquirir armas legais com o comércio ligado ao crime. Não há acesso fácil a armas no Brasil, dentro da lei. O Estatuto do Desarmamento já é muito rigoroso.

Wellington comprou armas no submundo do crime. Armas ilegais.

Ainda bem que o presidente da entidade, em termos nacionais, trouxe um pouco de bom senso à cena. O que falta é uma política pública de segurança que funcione. Não adianta pegar carona em tragédias como o massacre para uma ação de natureza demagógica.

O governo precisa é retirar dos maus cidadãos, dos bandidos, as armas ilegais. Precisa é combater duramente o contrabando de armas, muito ligado ao tráfico de drogas. Precisa é ter uma atitude mais firme e clara sobre países que escondem traficantes de armas e drogas, como a Bolívia, o Paraguai e as FARC, da Colombia, que exportam cocaína e também armas, para cá, que acabam matando milhares de brasileiros todos os anos.

Muitos cariocas morreram por causa das armas e das drogas vindas via FARC. Há muitas notícias sobre essas coisas. É decidir e agir.

Chega de explorar doze crianças mortas.

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