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terça-feira, 12 de abril de 2011

DESARMAMENTO CIVIL. A LÓGICA DO ABSURDO. PARA A MINISTRA MARIA DO ROSÁRIO, ARMAS LEGALIZADAS CONTRIBUEM COM A VIOLÊNCIA. Ananias, Wellington, etc, todos usaram armas ilegais, como acontece todos os dias no Brasil.


O presidente do Senado, José Sarney, pretende anular o atual Estatuto do Desarmamento (2004) para a realização de outro plebiscito, em junho, para novamente discutir o desarmamento. Além de ser um absurdo, uma vez que a lei do desarmamento já é muito rigorosa no Brasil, isso significa que as autoridades não respeitam a vontade popular que votou contra o desarmamento!

E os criminosos, usando armas roubadas até de policiais, continuam utilizando armas trazidas pelo contrabando, até armas militares, sem serem duramente combatidos pelas polícias. Às vêzes as armas do bandidos são muito mais poderosas e letais que as da polícia. 

Os ativistas interessados no desarmamento civil, nem sempre por razões muito claras, pois os argumentos que utilizam são insustentáveis, não respeitam o que o povo quer.
Vão ficar fazendo plebiscito atrás de plebiscito até conseguirem o resultado pretendido? Neste momento, evidentemente, estão usando como escada, o bárbaro massacre das crianças do Realengo no Rio, mortas por um louco, sem porte de armas e com dois revólveres ilegais, comprados de alguém ligado ao mundo do crime. 

Às pessoas de bom senso, a proposta de novo plebiscito ou de tornar impossível comprar armas no Brasil ao cidadão sem problemas com a Justiça não passa de um ato da mais pura demagogia. Milhares de pessoas morrem, anualmente, em nosso país, a facadas. As facas serão proibidas?

A ministra dos Direitos Humanos e a indústria de armas

Fiquei muito curioso, como talvez os leitores, desde que li no blog Coturno Noturno a informação a respeito da contribuição que a então candidata à Prefeitura de Porto Alegre, Maria do Rosário, atual ministra dos Direitos Humanos, recebeu R$ 75.000,00 das Forjas Taurus, um  dos maiores fabricantes de armas do Mundo. Não se  trata de contribuição ilegal, mas é profundamente questionável a sua aceitação, do ponto de vista dos princípios. 

Segundo o noticiário de hoje, a ministra disse que as armas legalizadas contribuem para com o aumento da violência no País. Bem, assim de modo geral, qualquer objeto pode contribuir com  isso. Até bengalas, como bem deve se lembrar o ex-ministro José Dirceu.

"Eu acredito que a população brasileira vai amadurecendo a cada ano. Se tivermos clareza que o objetivo de uma nova jornada de desarmamento são as armas ilegais e sensibilização para que aqueles que tenham um arma, ainda que legalizada, percebam que esta arma é a que cai na mão dos assassinos, podemos reverter e reduzir o número de mortos por armas de fogo no Brasil”, disse. (Folha de São Paulo, 12/4)

E sacou (êpa) números meio imprecisos para provar seus argumentos. Segundo ela, hoje circulam 16 milhões de armas no País, das quais 50 % por cento são clandestinas. Isso significa que ela exatamente o total das armas legais roubadas e então usada ilegalmente, e mais, ele deve ter acesso a alguma fonte maravilhosa de informação que sabe exatamente quantas armas são contrabandeadas por ano ao Brasil. Com uma informação dessas, o que as polícias, especialmente a Polícia Federal está esperando para ir lá onde elas estão e confiscá-las, em nome da Lei?

Quando foi realizado o plebiscito, 63,94% dos brasileiros foram contra o desarmamento, por motivos óbvios, as pessoas não querem ser expoliadas do direito de defender suas casas. Assim mesmo, pelo números da ministra, apenas 8 milhões de armas estão regulares. Se cada arma dessas estivesse em uma casa, seriam 8 milhões de residências, o que significaria uns 32 milhões de brasileiros tentando usar o direito de defesa de sua casa e família. O país tem 190 milhões de habitantes, e umas 47 milhões de residências. Isso significa que o Brasil ainda poderia ter legalmente mais 39 milhões de armas. E a culpa pelos crimes seria dos cidadãos dentro da Lei?
Ora, ministra, isso não é certo!
Os Estados Unidos têm 300 milhões de habitantes e 200 milhões de armas, e ainda assim apenas uma taxa de 6 mortes a cada 100 mil habitantes.
O Brasil tem 190 milhões de habitantes, 8 milhões de armas legalizadas. (oito milhões segundo a ministra) e uma taxa de 26 mortes por 100 mil habitantes. 
Nos Estados Unidos morrem quatro vezes menos gente por armas de fogo do que no Brasil.
E a culpa aqui é das armas? O que falta é combater armas ilegais e prender bandidos.
Existência de um grande arsenal nas mãos da população civil não aumenta diretamente a violência. Sendo assim, a Suíça, um país em que cada casa tem uma arma, e até militares, que são autorizadas, seria um inferno.

Na Suíça as armas pacificam? Os suíços não brigam como o resto dos mortais? Ou é a qualidade do leito utilizado no chocolate que os deixa mansinhos?
O que a senhora acha ministra? 

Para concluir, exponho aqui parte de uma nota impecavelmente lógica de Reinaldo Azevedo de hoje:

"Sigamos a lógica:
1- Segundo Maria do Rosário, a venda legal de armas contribui com a violência;
2 - A Taurus é uma empresa de armas e contribuiu para a campanha de Maria do Rosário;
3 - Logo, Maria do Rosário foi beneficiária da violência!
É elementar, não é mesmo? Pretende-se que as armas legais estão sujas com o sangue das crianças. Se é assim, a campanha de Maria do Rosário está suja com o sangue das crianças. Proponho uma troca: Maria do Rosário abandona a política, e a gente proíbe ar armas. Que tal, hein? Pode até ser uma boa idéia!!!
PS - Esta senhora não vai se explicar, não?
Reinaldo Azevedo
Leia o texto integral em: 

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