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sexta-feira, 10 de junho de 2011

CRIME NA USP. IRLAN SANTIAGO SABE QUEM MATOU FELIPE RAMOS DE PAIVA. Ele estava lá também, mas disse que só olhou. Quem matou foi seu comparsa que ele não entrega, por "uma questão de ética." Em Brasília, ética de menos. No crime, ética demais.


Depois de fumar uns cigarros de maconha os dois vagabundos se encheram de coragem e foram dar um passei pela Cidade Universitária. Precisavam arranjar um jeito de levantar uma grana. Ganhar algum dinheiro rápido. Lá na Cidade Universitária é grande, escuro, tem muitas árvores, muitos carros de gente bacana, é um entra e sai de milhares de pessoas por dia, o tempo todo. 

Lá é muito bom  para assaltar e roubar. Foi por causa disso que no dia 18 de maio o estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, morreu com um tiro na cabeça, em um dos estacionamentos da universidade, na FEA. Ele reagiu ao assalto e lutou contra dois bandidos drogados e eles o mataram, ao lado de seu carro que queriam levar, um Volkswagen Santana usado e blindado que ele havia comprado para proteger-se de assaltos e bandidos armados.

De fato, segundo um dos envolvidos na morte de Felipe, que procurou a policia ontem para contar a sua parte da história, ele apenas estava lá na universidade para roubar, e disse que quem atirou e matou Felipe foi o seu comparsa. Mas o rapaz é cheio de brios e não quis contar quem é o seu comparsa, para a policia, “por uma questão de ética”. 

IRLAN GRACIANO SANTIAGO SABE QUEM MATOU
FELIPE RAMOS DE PAIVA, MAS NÃO CONTOU O NOME À POLÍCIA

Claro, afinal, que delinqüente seria um sujeito que sai par aí para roubar, assaltar, talvez matar um sr humano e ainda alcagueta o seu comparsa, não é mesmo? Esse é um sujeito que, tendo agora 22, em 2002 tinha 12 ou 13 anos e ouviu muita propaganda eleitoral e acreditou mesmo que essa tal de Ética ainda funciona, como temos visto por decisões do Congresso do  Governo federal e do Judiciário. Mas esse é outro assunto.

Como, segundo o delegado do caso, Irlan Graciano Santiago, 22 anos, apresentou-se espontaneamente, após o depoimento foi liberado, uma vez que é primário e tem endereço fixo. Claro. Não ficou detido ou preso, apesar da confissão feita ao lado de seu advogado. Para lembrar: Felipe Ramos de Paiva também tem endereço fixo, o cemitério, para onde foi mandado pela dupla durante o assalto.

Como a USP é um celeiro democrático, o pessoal da esquerda, que faz a revolução com o dinheiro público, é sempre contra a presença da policia para patrulhar a área gigantesca, uma vez que eles (os comunas imbecilizados) acreditam que isso é uma viol~encia remanescente do tempo da ditadura. Vocês lembram? A ditadura já havia acabado quando muitos desses imbecis nem haviam nascido. 

São tontos que vivem olhando para o passado, mas pensando, olhando para o futuro, em implantar outra ditadura. Como entre uma coisa e outra não tem o que fazer, fazem a revolução na Cidade Universitária, prejudicando dezenas de milhares de jovens e de professores e de funcionários que querem trabalhar, estudar e aprender.

O pessoal da Campanha da Maconha e outros movimentos do fumacê vai dizer que o crime aconteceu porque  a droga não é liberada. Se fosse, os bandidos não precisariam assaltar para ter dinheiro para os traficantes. Sei. E para comprar jeans e tênis? O dinheiro viria de onde?   O pessoal usa droga para criar coragem, fugir da realidade, sei lá, são umas bestas. E depois muitos saem por aí matando. Irlan disse que entrou no crime porque via seu filho passar fome. Claro, é mais fácil tomar dinheiro dos outros na marra, com uma arma que trabalhar duro. Trabalho cansa demais e faz suar.

A historinha é sempre no modelito preferido pelos adeptos da impunidade em relação ao crime e o famoso “pobrismo”. A família de Irlan é simples e pobre. Só a dele nesse imenso Brasil. Nunca teve emprego fixo (22 anos), tem um filho (só ele), não usa crack, segundo disse, só maconha (é seletivo) e mora na favela ao lado da USP. Mas tem muita gente, a maioria mesmo que mora lá e é pobre, e tem filhos, e não sai para matar.

Segundo matéria do JT, o pai do estudante morto, Ocimar Paiva ficou revoltado com a soltura do criminoso confesso arrependido, e espera que a policia encontre o outro e que a Justiça seja feita. O filho, Felipe, de qualquer, modo, não volta mais para casa.

É mais fácil cineastas uspianos fazerem um documentário sobre a difícil vida de Irlan que a breve vida de Felipe. O pobrismo dá sempre um bom Ibope. Ganha-se muito dinheiro explorando a pobreza no Brasil.

Um comentário:

  1. Concordo plenamente, cada dia fico mais indignado e sinto que não tenho o que fazer para mudar esse país tão podre e imundo em que vivo, onde bandido tem benefícios e o cidadão decente paga com a vida...

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